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Comprovadamente nocivos e proibidos em outros países, agrotóxicos são liberados amplamente no Brasil



 

Nos últimos três anos, o Brasil bateu recorde no número de aprovação de agrotóxicos, conforme aponta o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Em janeiro de 2022, já somamos 3.618 agrotóxicos aprovados, colocando, dessa forma, o Brasil na liderança global.


É preciso ressaltar que, desses “novos” agrotóxicos aprovados, muitos são proibidos em outros países há mais de 20 anos, por serem extremamente nocivos à saúde e à natureza. Além do mais, a cada ano, são utilizados, somente no Brasil, um bilhão de litros desses produtos. O resultado disso pode ser visto na contaminação da água, por exemplo.


Um estudo da revista Public Health aponta que, em todo o mundo, 385 milhões de pessoas envolvidas com agricultura desenvolvem intoxicação aguda por pesticidas anualmente. Dores de cabeça, fraqueza, vômito, diarreia, erupções cutâneas, distúrbios nervosos, desmaios, problemas nos órgãos vitais, infertilidade e até a morte (11 mil pessoas por ano) são algumas das consequências desta utilização desenfreada de agrotóxicos.


O fato é que a comercialização de pesticidas é muito lucrativa, com um crescimento de 4% ao ano. Este mercado está acima da preocupação e responsabilização pela vida. Além do mais, é um grande canal de corrupção. Diversas empresas deste segmento financiam campanhas políticas e esperam um retorno por todo o investimento. Porém, ninguém paga pelos danos causados.


Enquanto empresas faturam bilhões, com a conivência de políticos corruptos, as famílias de agricultores mais pobres, muitos destes nossos irmãos na fé, acabam envenenadas e desenvolvem doenças crônicas, assim, morrendo de forma lenta e trágica. Em sua opinião, qual deve ser o papel da igreja nesta situação? É de sua responsabilidade, como cristão, lutar contra o uso de agrotóxicos e este mercado tão impiedoso?


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