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YAZIDIS

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quem são os yazidis?

Os Yazidis são uma minoria étnica religiosa ancestral do Oriente Médio, majoritariamente do norte do Iraque, sobreviventes de vários genocídios. Os  yazidis são uma minoria étnico-religiosa de aproximadamente 550.000 pessoas, majoritariamente falantes do dialeto Kurmanji, o mais comum da língua curda.

 

Sua crença, apesar de ser monoteísta, absorve elementos de várias religiões antigas, oriundas do Oriente Médio, inclusive do zoroastrismo, islamismo e do cristianismo, num complexo sincretismo.

Muitas de suas crenças são derivadas do cristianismo. Eles reverenciam a Bíblia e o Alcorão, mas grande parte de sua tradição é oral. Em parte devido ao segredo que cerca este grupo, ocorreram algumas confusões, entre elas de que a complexa fé yazidi é ligada ao zoroastrismo, com uma dualidade entre a luz e as sombras e até uma adoração ao sol. Mas, estudos recentes mostraram que, apesar de seus templos serem frequentemente decorados com o sol e seus túmulos apontarem para o leste, o local do nascimento do sol, eles compartilham muitos elementos com o cristianismo e islamismo.

O ser supremo dos yazidis é conhecido como Yasdan, considerado de um nível tão elevado que não pode nem ser adorado diretamente. Ele é considerado uma força passiva, o Criador do mundo, não aquele que preserva. Sete grandes espíritos emanam dele e, destes, o mais importante é o Anjo Pavão, conhecido como Malak Taus, um executor ativo da vontade divina. O pavão, no início do cristianismo, era um símbolo de imortalidade, pois sua carne parece não decompor. 

Apesar de séculos de perseguição, os yazidis jamais abandonaram sua fé, o que é sinal de um extraordinário senso de identidade e força de caráter.

 perseguição
e genocídio

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Desde sempre os yazidis tiveram de sobreviver à perseguições. Historicamente, houve perseguições contra os yazidis nas mãos de algumas tribos curdas. e essa perseguição ameaçou em numerosas ocasiões a existência de Yazidis como um grupo distinto. Algumas tribos Yazidi se converteram ao Islã e adotaram a identidade curda.

A comunidade tem sido perseguida ao longo da História por parte de cristãos e muçulmanos. As diferenças religiosas fomentaram ódio e massacres com registo de ataques nos séculos XVII, XVIII e XXI.

Nas últimas décadas do século XX os yazidis foram perseguidos e deslocados das suas terras pelo regime de Saddam Hussein. 

 

Após o início da Guerra do Iraque, a comunidade iazidi sofreu vários ataques por parte de fundamentalistas sunitas e, em agosto de 2014, foi alvo de massacres por parte do chamado Estado Islâmico do Iraque e do Levante, como parte da campanha para extirpar o Iraque e os países vizinhos de quaisquer influências não muçulmanas, onde não escapam as suas mulheres e crianças.

Quando os terroristas do Estado Islâmico invadiram suas cidades, assassinaram Indiscriminadamente dezenas de milhares de pessoas, sequestraram milhares de meninas e mulheres, tornando-as escravas sexuais.

 

Mais de 2 mil crianças e mulheres sequestradas ainda não foram localizadas. Não se sabe se estão vivas. Depois da derrota e expulsão dos terroristas, cerca de 80 covas coletivas foram encontradas e um extenso trabalho de identificação dos corpos tem sido executado. Estima-se que estas covas podem conter cerca de 15 mil corpos.

O Estado Islâmico está cometendo genocídio contra os yazidis na Síria e no Iraque na tentativa de destruir o grupo étnico-religioso de 500 mil pessoas por meio de assassinatos, escravidão sexual e outros crimes, disseram investigadores da Organização das Nações Unidas (ONU), na quinta-feira, 16 jun 16.

 

O relatório da ONU, baseado em entrevistas com dezenas de sobreviventes, afirmou que os militantes islâmicos vêm capturando yazidis na Síria e no Iraque sistematicamente desde agosto de 2014 e procurando "apagar sua identidade" em uma campanha que se encaixou na definição do crime tal como ele é, definido na Convenção do Genocídio de 1948.

Em pelo menos cinco províncias da Síria, meninas e mulheres são oferecidas e vendidas em mercados de escravos; as que tentaram escapar foram punidas com espancamentos e, em alguns casos, estupros coletivos. Além dos assassinatos e torturas, o grupo terrorista impõe transferências forçadas e conversão religiosa que minam a identidade do grupo e impõe “condições de vida que provocam uma morte lenta”.

DIÁSPORA
FORÇADA

O ataque do ISIS provocou o êxodo forçado de mais de 500 mil Yazidis. A maior parte deles ainda hoje vivendo como deslocados internos, em acampamentos de refugiados, sob condições extremamente precárias.

As consequências do ataque dos terroristas do ISIS foram as piores possíveis. Uma vez que provocou, além do massacre, uma grande diáspora. Os agora desalojados yazidis, deixaram suas terras e mais de 300 mil partiram para as províncias de Dohuk, Sulaimanyia e Erbil, no Curdistão iraquiano. Outros 90 mil fugiram para países ocidentais, na maioria das vezes arriscando a própria vida em frágeis botes no Mediterrâneo na tentativa de chegar à Europa.

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Fugir foi a única forma de sobreviver ao massacre e, também fugir da escravidão e violência sexual. A precariedade da vida nos campos de refugiado é tão grande, porém, chega a ser apenas mais um detalhe, levando em conta a incerteza que assombra a sobrevivência e o futuro do povo yazidi.

 

Outra grave situação envolvendo os refugiados yazidis tem a ver com as mulheres que conseguiram escapar da escravidão sexual do ISIS e que, acabaram engravidando de maneira forçada. A comunidade yazidi não as aceita de volta, por conta da cultura endogâmica e também por afirmarem que os filhos delas são filhos dos terroristas. É uma situação bem complicada, pois, ainda que as crianças sejam inocentes, para muitos elas representam o genocídio. Uma das poucas alternativas para as mulheres sobreviventes é desistir de ficar com seus filhos ou sair do país, buscando refúgio em outra nação.

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